Depois de todo o stress do vulcão, sempre na possibilidade de não poder viajar, o dito lá nos deu tréguas e permitiu-nos embarcar numa das melhores férias das nossas vidas.
A Indonésia não nos é propriamente desconhecida: Já tínhamos estado em Bali em 2002 (no ano do atentado à bomba) e em 2008. Mas Bali, é um pouco “ganha fama e deita-te na cama”... Muita confusão, muitos turistas, muito trânsito, enfim, queríamos uma Indonésia mais soft. Então surgiu a ideia de Lombok, mesmo ao lado de Bali mas com muito menos confusão, trânsito e turistas...
E lá embarcámos nós numa aventura de 22 dias que ficará para sempre nas nossas memórias.
O voo saiu do Porto com escala em Frankfurt, seguida de Singapura, onde ficámos de um dia para o outro. No dia seguinte viajámos até Jacarta (Java) e depois para Mataram (Lombok).
Chegámos já era noite cerrada. Detesto chegar ao sítios de noite, pois fico sem saber onde estou e como é o sitio. Mas neste caso, ainda bem que chegámos de noite pois nem imaginávamos a surpresa que o amanhecer nos tinha reservado. Fomos encaminhados para o nosso Bungalow – Geko – e quando vi que a fachada do mesmo era toda em vidro e não tinha cortinas nem persianas, perguntei na minha mais pura inocência: “Como vamos tapar a entrada da luz?!”, “Não tapam”, respondeu-me a Rossana, a gerente do resort “Queremos que os nossos hóspedes vejam o sol nascer...”. Ia caindo para o lado!! Logo eu que não durmo se tiver um buraquinho que seja na persiana... Mas, naquele momento estava escuro como breu e deixei este assunto para me preocupar no dia seguinte quando o sol me comeca-se a bater nos olhos.
Às 6h00 da manhã, fui acordada (tal como previra) com os primeiros raios de luz. Mas qual não foi o meu espanto, quando olho pelos vidros do Bungalow e vejo lá fora a mais linda vista que alguma vez vi na vida: Uma falésia a perder de vista com uma praia de areia branca e mar turquesa... então percebi o que a Rossana me tinha querido dizer: era realmente impossível esconder aquela vista única. Eu e o Jorge ficámos a apreciar o nascer do sol, pelo menos, durante uma hora e acreditem que eu não sou nada desses romantismos do nascer do sol e do pôr do sol. Mas este é realmente magnifico!!
Os donos do resort – A Moira e o Kerry, ela Neo-Zelandesa e ele Australiano – escolheram o sitio perfeito, no meio do nada, para construir este paraíso. Se estiverem a pensar ir para aquelas bandas, recomendo vivamente este sitio: fica um pouco deslocado do centro (2 horas de carro do aeroporto), mas para além do sítio, o staff é fantástico.
Foram 7 dias de muito descanso, muitos passeios pela praia, muito surf, muito calor... enfim, tempo de carregar as baterias para o resto da viagem. Conhecemos alguns Australianos, Ingleses e Americanos. Tudo pessoal impecável que surfaram com o Jorge. Pelo que nos foi dito, nunca tinham estado nenhuns portugueses no resort, por isso fomos um pouco alvo da curiosidade local.
A comida, enfim, não era a nossa comidinha, mas não era má (o pior ainda estava para vir...). As refeições estavam todas incluídas e podíamos escolher à lista, com excepção do peixe te tinha que ser pago à parte vá-se lá saber porquê, dado estarmos numa terra de mar...
Por esta altura ainda não tínhamos começado a contactar directamente com o povo local. Isso ficaria reservado para Kuta Lombok, onde tivemos algumas aventuras interessantes...
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