As praias de que vou falar, onde estive em Bali, são mais ao nosso estilo: com rebentação, areia grossa e praias onde a areia dá lugar a pedras, nas quais, por vezes, não é possível “fazer praia”.
No entanto, as praias paradisíacas das Maldivas, tocam-se em muitos aspectos com as de Bali: a água muito quente assim como a temperatura exterior, muito transparente, muito azul turquesa, muito verde esmeralda e a areia, quando é clara, muito bonita (mesmo quando é preta, tem a sua beleza também). A fauna marinha de uma beleza incrível e recifes de coral q.b.
A praia onde estivemos mais tempo foi em Balangan. Uma praia de areia grossa, com recife raso, onde tomar banho era uma verdadeira aventura: a rebentação era tão forte que as pedras rolavam contra as canelas. Ainda fiquei com umas quantas nódoas negras! Alugávamos duas espreguiçadeiras com guarda-sol, e ali ficávamos o dia todo: o Jorge a surfar e eu a não fazer mais nada senão dormir, comer e dar umas toladas. Apanhar sol directo estava completamente fora de questão, pelo menos para mim, pois era tão forte que até sufocava. A senhora do Warung trazia-nos a comida e os sumos à areia. Mesmo à rico!!
Em Uluwatu, a praia não é propriamente aquilo a que estamos habituados a chamar de “praia”. Uluwatu é famosa pelo surf. Ora, onde há surf, há ondas (grandes) e onde há ondas, não é fácil dar umas toladas. A acrescentar, não tem areal. Tem uma escarpa onde, ao longo dos tempos foram sendo construídos Warungs e o pessoal vai ficando aqui e ali num Warung ao longo da escarpa. Para surfar, descem até ao fundo da escarpa e entram no mar. O mesmo para dar umas toladas. Mas de maré cheia, é impossível, pois parece uma “máquina de lavar”. De maré vaza, formam-se piscinas no recife e é verdadeiramente fantástico.
Afastando-nos desta zona, em Candidasa, a situação piora um pouco, visto que, com a febre da construção, os edifícios chegaram literalmente ao mar, não deixando nem sequer pedras e, mais grave, para obterem areia para a construção, destruíram o recife, tornando aquela zona muito árida no que respeita a praia. A ideia inicial de atrair turistas foi por água abaixo e hoje, a maioria das pessoas que vai para lá, é com o intuito de mergulhar, que foi o que fizemos. Embora tenha alguns templos (como o maravilhosos templo da água) e terraços de arroz, não é o suficiente para atrair ninguém.
Mergulhamos em Tulamben, num spot chamado “The Liberty Wreck” que tem um navio com 120 mts afundado a 20 mts de profundidade do tempo da II Guerra Mundial, sendo possível “passear” dentro do navio. Magnífico! Há corais moles e anémonas por todo o lado, peixes de todas as cores isolados ou em cardumes e uma visibilidade da ordem dos 20 mts! A corrente é muito fraca, sendo por isso ideal para todos os níveis de mergulho. O fundo é de areia preta e pedras, visto ser numa zona vulcânica. O nosso instrutor, Japonês, chamava-se “Hiro” que significa “doutor” em Japonês (os pais queriam que ele fosse doutor quando cresce-se!) e a escola de mergulho chamava-se “DiveLite” (http://www.divelite.com/). Se forem para aqueles lados, recomendo. Ele era muito profissional e simpático.
No extremo oposto da ilha, em Balian, fomos às praias de Medewi e Balian. Ambas de areia muito preta e mar batido, com bastante vento, não são propriamente o ideal de praia paradisíaca. Mas, o surf fala mais alto e dá altas ondas. Por isso lá fomos nós por dois dias conhecer o outro lado da ilha. Ainda tivemos uma desagradável aventura com o salvamento de uma tartaruga mas, sobre isso, falarei noutro post.
No entanto, há praias de areia branca e mar calmo (nas quais estive de passagem há 6 anos quando fui a Bali) em Nusa Dua, que é a zona dos hotéis de luxo. Aí, para quem gostar de estar estatelado ao sol, é mesmo o ideal!
1 comentário:
Bem Ritinha, com estes teus textos, dá cá uma vontade de conhecer o sítio! Deve ser magnífico!
Mas com o Rafinha tão pequenino temos de ter calma com as viagens!
Beijinhos
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