Hoje, e como é habitual ao fim-de-semana, fui fazer as compras da semana ao Hipermercado, mais propriamente ao novo Continente Maia Jardim que, aliás, gosto muito.
As pessoas são fantásticas: simpáticas, prestáveis, atenciosas, enfim, tudo fazem para proporcionar o maior conforto aos clientes. O espaço também é muito agradável: novo, amplo, pouca gente e uma selecção de artigos muito variada e uma oferta excelente. Quanto a estas questões, nada a apontar: o grupo SONAE é irrepreensível!!
No entanto, e não é só neste Maia Jardim em particular, há uma coisa que me irrita (e hoje foi a gota-de-água) nestas grandes superfícies comerciais e o Continente é especialista nesta questão: ter uma excessiva variedade de produtos hortícolas e frutícolas de origem estrangeira.
É claro que não estou a dizer para ter papaias ou mangas portuguesas!! Obviamente não são produtos nacionais e como tal nunca poderiam ser adquiridos a produtores nacionais. Mas, Pimentos de MARROCOS!?!?!! Cebolas de ESPANHA e FRANÇA!?!?!?! Alhos da CHINA!?!?!?! Já para não falar da imensa quantidade de outros legumes e frutas de Espanha, França, Chile, Argentina, etc. Contra mim falo quando reconheço que prefiro os Kiwis da Nova Zelândia aos Portugueses… é verdade… mas se os há em Portugal, deveria dar-se prioridade à sua comercialização em detrimento dos Neo-Zelandeses, que para além de tudo, vêm do outro lado do mundo…!!! Os custos de transporte, combustível e a poluição que lhes está associada dá que pensar…
Com tantos legumes e frutas deliciosas que há no nosso país, é um escândalo importar estes bens de países que ficam diametralmente opostos ao nosso!! E o diametro, aqui, são alguns milhares de kilómetros!! Quando vou para a Aguçadoura e passo nas estufas, lembro-me sempre disto... E não me venham com a história do preço... a maioria das pessoas que andava às compras não só não olhava à proveniência dos produtos como também não olhava ao preço dos mesmos... é pôr para o carrinho que se faz tarde!!
Assim, e dada a minha indignação, recusei-me a adquirir este produtos estrangeiros e, quando acabei as compras, fui ao Jumbo, onde a quantidade de produtos estrangeiros não é tão escandalosa e lá comprei as cebolas – Portuguesas – e alguns outros legumes que não tinha encontrado antes.
Bem sei que há quotas de importação impostas pela CE para produtos de outros estados membro…ok…mas a China, Marrocos e a Nova Zelândia (que eu saiba) ainda não fazem parte da CE (embora alguns jovens achem que a Suécia pertence à Ásia…). Assim, deveriam ser abolidas importações destes países, sempre que houvesse os mesmos produtos nacionais, como é o caso dos kiwis, cebolas, alhos, … Os produtores portugueses teriam mais hipóteses de crescer no mercado e melhorar as suas produções. Da forma que actualmente está o comércio destes produtos é que o nosso país nunca mais sairá da “cepa torta” e, a propósito deste tema, deixo-vos uma mensagem de e-mail enviada por um amigo que ilustra na perfeição tudo o que acabei de dizer.
“Made in Portugal
O António, depois de dormir numa almofada de algodão (Made in Egipt), começou o dia bem cedo, acordado pelo despertador (Made in Japan) às 7 da manhã.
Depois de um banho com sabonete (Made in France) e enquanto o café (importado da Colômbia) estava a fazer na máquina (Made in Chech Republic), barbeou-se com a máquina eléctrica (Made in China).
Vestiu uma camisa (Made in Sri Lanka), jeans de marca (Made in Singapure) e um relógio de bolso (Made in Swiss).
Depois de preparar as torradas de trigo (produced in USA) na sua torradeira (Made in Germany) e enquanto tomava o café numa chávena (Made in Spain), pegou na máquina de calcular (Made in Korea) para ver quanto é que poderia gastar nesse dia e consultou a Internet no seu computador (Made in Thailand) para ver as previsões meteorológicas.
Depois de ouvir as notícias pela rádio (Made in India), ainda bebeu um sumo de laranja (produced in Israel), entrou no carro Saab (Made in Sweden) e continuou à procura de emprego. Ao fim de mais um dia frustrante, com muitos contactos feitos através do seu telemóvel (Made in Finland) e, após comer uma pizza (Made in Italy), o António decidiu relaxar por uns instantes.
Calçou as suas sandálias (Made in Brazil), sentou-se num sofá (Made in Denmark), serviu-se de um copo de vinho (produced in Chile), ligou a TV (Made in Indonésia) e pôs-se a pensar porque é que não conseguia encontrar um emprego em PORTUGAL...
Talvez esta mensagem devesse ser enviada aos consumidores portugueses, ou seja, todos nós!
O Ministério da Economia de Espanha estima que se cada espanhol consumir 150€ de produtos nacionais, por ano, a economia cresce acima de todas as estimativas e, ainda por cima, cria postos de trabalho.”