A pedido da Silvia, vou começar por falar na gastronomia da Malásia. Ora bem, diz-se que uma viagem começa quando se sai de casa, por isso, a gastronomia começa precisamente a bordo do avião que nos leva ao destino. Esta comida não é novidade para ninguém: é simplesmente detestável!! Sabe tudo ao mesmo, e está longe de obedecer aos nossos hábitos quotidianos: omolete ao pequeno almoço é daquelas coisas que dispenso, mas quando tem que ser, que seja!
Já na Malásia, a coisa é bem diferente. Como a maioria da população é muçulmana, não comem carne de porco e como outros tantos são hindús, não comem carne de vaca. Resumindo: a grande vítima por estas paragens é o frango! É há para todos os gostos: ao estilo tailandês, vietnamita, chinês, indiano, indonésio, japonês e por aí fora.
Já na Malásia, a coisa é bem diferente. Como a maioria da população é muçulmana, não comem carne de porco e como outros tantos são hindús, não comem carne de vaca. Resumindo: a grande vítima por estas paragens é o frango! É há para todos os gostos: ao estilo tailandês, vietnamita, chinês, indiano, indonésio, japonês e por aí fora.
Podemos também optar pelo peixe, mas os estilos são iguais aos do frango, ou seja, sabe tudo ao mesmo.
Os temperos são básicamente caril, picante, gengibre, manteiga de amendoim e outras tantas especiarias que parecem dar à comida toda o mesmo sabor. Mas sempre restam aqueles pratos como os Noodles (Mi Goreng), o Arroz frito (Nasi Goreng), Satay (espetadas de frango) e os Spring Rolls (Crepes) para desenjoar.
O arroz branco cozido está sempre presente como acompanhamento e engane-se quem desejar uma saladinha de alface e tomate regada com azeite virgem e vinagre: por estas paragens isso não existe!
Já para não falar que também não existem facas. Eles comem com uma colher e um garfo e o garfo serve apenas para empurrar a comida para a colher. É falta de educação levar o garfo à boca! Por vezes também há pauzinhos, mas tem que se ter uma certa habilidade para lidar com esta situação.
Em Kuala Lumpur há uma grande oferta e variedade gastronómica. Para além de cozinhas tipicamente asiáticas, encontramos também restaurantes Italianos e Espanhóis (de Tapas) entre outros (Portugueses nem sombra! Só em Malaca). A cadeia MacDonald’s, KFC, Pizza Hut e Starbucks também estão lá para fazer lembrar “God bless América”, pois ao fim de 15 dias já não suportava aqueles sabores exóticos e nunca gostei tanto de fast food como nestas férias!!
No dia dos meus anos fiz questão de ir jantar a um restaurante Italiano, por sinal muito agradável na Jalan Bukit Bintang ( a rua das compras de KL).
No dia dos meus anos fiz questão de ir jantar a um restaurante Italiano, por sinal muito agradável na Jalan Bukit Bintang ( a rua das compras de KL).
Passando para Taman Negara, e dado que fomos com pack com refeições incluidas, tivemos que nos sujeitar ao que nos punham à frente. O tal frango estava sempre presente, bem como o arroz branco cozido e uma sopa tipo canja. De resto serviam-nos uns legumes ultra picantes e por vezes umas coisas que nem me atrevia a provar.
Mas pior que tudo isto foram as Redang. Como fomos também com pack, o cenário repetiu-se, mas desta vez um pouco pior. Dado que eramos os únicos ocidentais no resort, a comida era puramente asiática. Não pensem que “puramente asiática” é o arroz chau-chau (mesmo porque os chineses na malásia nem sabem do que estamos a falar) e o frango agridoce do restaurante Chinês do Sábado à noite. Estou a falar de bolas (tipo almondegas) de lula mergulhadas numa água/sopa de peixe com rebentos de soja e massa, comidas com uns pauzinhos. Devia ser delicioso, porque eles comiam e repetiam várias vezes, mas só o cheiro era suficiente para me embrulhar o estômago. Nos dias em que houve churrasco, pensámos estar safos e, na verdade, sempre era melhor, não fosse termos que comer uma costeleta com colher e garfo! Enfim, deu para fazer alguma dieta.
Nas Perhentian, a comida era muito melhor. O resort tinha maioritariamnete ocidentais, por isso serviam western food no restaurante e como o serviço era à lista, tirámos a barriga de misérias. Para além da comida asiática, tinhamos uma grande variedade de comida ocidental, entre ela uma deliciosa salada Grega, com alface, tomate, pepino, cebola e queijo feta, regada com óleo (vá lá!) e vinagre balsâmico que compunha invariavelmente todos os dias o nosso almoço!
O peixe era grelhado na brasa mas envolto numa prata o que o tornava peixe cozido ao vapor. Quem estiver à espera de um peixinho escalado assado nas brasas de carvão, desengane-se que não tem nada a ver.
O peixe era grelhado na brasa mas envolto numa prata o que o tornava peixe cozido ao vapor. Quem estiver à espera de um peixinho escalado assado nas brasas de carvão, desengane-se que não tem nada a ver.
Em Kota Bharu comemos sempre no hotel, pois nem nos atrevemos a provar a gastronomia local. Depois de ter entrado no mercado e visto os gatos deitados na banca do peixe e da carne, preferi não arriscar.
Já em Cameron Highland, a coisa era em tudo semelhante à restante Malásia, com uma particularidade: como foi um local que sofreu uma grande e forte influência inglesa, eles têm o hábito do 5 o’clock tea com sconnes quentinhos com manteiga, compota e chá. Parece mesmo que estamos em Inglaterra (pelo que ouço dizer, pois nunca lá estive) e como o clima é mais frio que no resto da Malásia, sabe muito bem este lanche. Também têm as culturas de morangos e todo o tipo de doces associados, desde compotas a gelados, batidos, etc. Mas, as restantes refeições eram a mesma coisa. A sorte foi haver um restaurante de hamburgers, tipo Mac que me safaram pelo menos uma refeição e ainda tive que negociar com o Jorge para não comer um Steam Boat (uma espécie de Fondue, mas em vez de se fritar os alimentos, cozem-se) muito tipico por aquelas bandas ( e também tinha as tais bolas de lulas...).
No final das refeições iamos tomas um café ou um chocolate quente ao Starbucks e assim rematavamos com um saborzinho familiar.
No final das refeições iamos tomas um café ou um chocolate quente ao Starbucks e assim rematavamos com um saborzinho familiar.
Um dia fomos tomar o pequeno almoço a uma “tasca” Indiana e lá conseguimos comer um Roti Canai (panqueca com vários tipos de recheio à escolha) acompanhada por vários molhos (picante e caril) e tive a infelicidade de pedir um chá de gengibre que não consegui beber por ser hiper picante!
De regresso a KL voltámo-nos a desforrar no Italiano e no aeroporto jantámos no Mac (abençoado!!). De regresso, a mesma comidinha horrorosa do avião e quando chegámos ao Porto, foi a loucura total: Filetes de peixe com arroz e salada no restaurante “Aleixo” em Campanhã.
Resumindo, a gastronomia da Malásia não é má: é preciso é espirito e estomago para aguentar 25 dias a comer comida asiática!!
1 comentário:
Ai, Ritucha!
Que inveja da viagem, do tempo, das paisagens e da comida! Sabes, eu adoro PICANTE!!!
E para quando uma próxima?!
E onde?! Bornéu?
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